Assisto em mim a um desdobrar de planos.
As mãos vêem, os olhos ouvem, o cérebro se move, a luz desce das origens através dos tempos e caminha desde já na frente dos meus sucessores.
Companheiro, eu sou tu, sou membro do teu corpo e adubo da tua alma.
Sou todos e sou um, sou responsável pela lepra do leproso e pela órbita vazia do cego.
Pelos gritos isolados que não entraram no coro, sou responsável pelas auroras que não se levantam e pela angústia que cresce dia a dia.
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