quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Esta estrada onde moro, entre duas voltas do caminho, interessa mais que uma avenida urbana.
Nas cidades todas as pessoas se parecem, todo o mundo é igual. Todo o mundo é toda a gente.
Aqui, não: sente-se bem que cada um traz a sua alma, cada criatura é única.
Até os cães, estes cães da roça parecem homens de negócios: andam sempre preocupados.
E quanta gente vem e vai! E tudo tem aquele caráter impressivo que faz meditar: enterro a pé ou a carrocinha de leite puxa da por um bodezinho manhoso.
Nem falta o murmúrio da água, para sugerir, pela voz dos símbolos, que a vida passa! Que a vida passa!
E que a mocidade vai acabar.

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