quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Caeiro

Nem sempre sou igual no que digo e escrevo.
Mudo, mais não mudo muito.
A cor das flores não é a mesmao ao sol
De que quando uma nuvem passa
Ou quando entra a noite
E as flores são da cor da sombra.

Mas quem olha bem vê que são as mesmas flores.
Por isso quando pareço não concordar comigo,

Repare bem para mim:
Se estava virado para a direita,
Voltei-me agora para a esquerda,
Mas sou sempre eu, assente sobre os mesmos pés -
O mesmo sempre, graças ao céu e à terra
E aos meus olhos e ouvidos atentos
E à minha clara simplicidade de alma...

Nenhum comentário:

Postar um comentário